Grad – Engenharia Elétrica – Ênfase em Eletrônica

Informações Gerais

Nome do curso Engenharia Elétrica – Ênfase em Eletrônica
Número de vagas 50 (cinqüenta) ao ano com opção no vestibular
Início Primeiro semestre de 2003
Duração 5 anos
Departamento Departamento de Engenharia Elétrica
Unidade Escola de Engenharia de São Carlos
Links Externos Acesso à Grade Curricular
Acesso ao Projeto Pedagógico do Curso de Eng. Elétrica – Eletrônica

 

Introdução

A eletrônica teve seu início com a invenção da válvula termiônica em 1906. É o ramo da ciência e da tecnologia que estuda os fenômenos da condução de eletricidade num vácuo, num gás e em certos materiais sólidos, principalmente os semicondutores, e a utilização dos dispositivos baseados nesses fenômenos.

Grosso modo, a eletrônica realiza o tratamento de um sinal elétrico através de amplificação, atenuação, filtragem, ceifamento, retificação, modulação e outras ações. No início da era eletrônica a atividade dos técnicos estava predominantemente relacionada com a transmissão e a recepção de sinais de comunicação. Buscando aprimorar os sistemas, desenvolveram a maioria dos conceitos fundamentais, circuitos básicos e técnicas de projeto que constituem um primeiro substrato necessário à formação do estudante de engenharia atualmente.

A década de 50 marca o início de uma revolução tecnológica da eletrônica, graças ao aperfeiçoamento dos transistores e dos computadores digitais. Essa revolução consolidou-se em sua base com a invenção dos circuitos integrados na década de 60 e desdobra-se a cada nova década com a grande expansão dos sistemas de comunicação e de computação. O alto desenvolvimento tecnológico dos materiais e dos processos tem permitido à eletrônica o interfaceamento com todas as áreas.Sua capacidade de processamento de sinais possibilita a análise de fenômenos de qualquer natureza cujas variáveis possam, através de transdutores, serem convertidas em variáveis elétricas. Viabiliza, também, a possibilidade do controle e modificação do comportamento de sistemas.

Assim, no ambiente industrial usam-se equipamentos de controle numérico, de inspeção visual, de atuação computadorizada (robôs), etc. Na medicina há o eletrocardiógrafo, os sistemas endoscópicos, o tomógrafo, etc. O ritmo de crescimento que a eletrônica tem apresentado é, seguramente, o maior de todas as áreas. O profissional desta área deve ter uma formação e treinamento que lhe permitam o contínuo aprimoramento, buscando constante atualização. A incorporação, no currículo, de modernas técnicas de projeto e a abordagem de temas atuais dará uma formação consistente com essa necessidade.

 

Certificados de Estudos Especiais

A CoC-EE poderá sempre especificar subconjuntos de disciplinas optativas complementares, aprovadas pela Comissão de Graduação (CG), que darão aos alunos que as cursarem um Certificado de Estudos Especiais em determinada sub-área da Engenharia Elétrica. Atualmente existem 4 subconjuntos correspondentes às seguintes sub-áreas dentro da ênfase de Eletrônica:

Telecomunicações

A área de telecomunicações desempenha um papel muito importante na sociedade moderna. As indústrias deste setor estão entre as maiores do mundo e os sistemas de telecomunicações públicos e privados empregam um grande número de pessoas. As exigências do mercado atual fazem com que esta área esteja em contínuo desenvolvimento, necessitando cada vez mais de profissionais especializados.

Atento a esta tendência mundial, o Departamento de Engenharia Elétrica oferece, aos alunos interessados, um conjunto de disciplinas que procura abordar os principais conceitos, técnicas e atividades do engenheiro que atuará neste campo.

Os assuntos que são cobertos nestas disciplinas abrangem os sistemas de rádio, televisão e telefônicos, tanto analógicos como digitais, telefonia celular, comunicações ópticas e aplicações avançadas de eletrônica integrada e processamento digital de sinais.

Controle e Automação

A atividade de engenharia nas áreas de controle e instrumentação tem se destacado notavelmente nos últimos anos, em decorrência da crescente exigência de confiabilidade, segurança, qualidade e automação de equipamentos e processos, nas mais diversas aplicações industriais, aeroespaciais, médico-hospitalares, ambientais e em transporte. Os Estudos Especiais em Controle e Instrumentação visam aprimorar a formação de profissionais para torná-los aptos a atuarem com desenvoltura nesse campo da engenharia.

No projeto de controle de um sistema requer-se um bom conhecimento de suas características dinâmicas gerais, dos modos de implementação do controle, etc. Necessita-se também de um conhecimento da instrumentação envolvida e das técnicas de condicionamento de sinais. As disciplinas dos Estudos Especiais em Controle e Instrumentação reforçam esses conhecimentos e cumprem os seguintes objetivos fundamentais:

      • Fornecer ao estudante um entendimento global do processo de controle e da instrumentação, desde a concepção dos sistemas até suas técnicas de implementação.
      • Proporcionar uma compreensão de que essas áreas de atividade devem responder com rapidez a uma ampla faixa de desenvolvimentos teóricos e tecnológicos, o que exige um comportamento de constante atualização por parte dos profissionais.

Sistemas Digitais

Um novo tipo de profissional passou a ser exigido pelos avanços progressivos da informática e da ciência da computação. Visando alcançar esse novo perfil, o curso de Engenharia Elétrica, ênfase Eletrônica, concentra na sub-área de Sistemas Digitais o estudo das atividades específicas da indústria de informática e dos processos industriais, com ênfase na automação de processos.

O objetivo do curso é formar profissionais com sólidos conhecimentos em teoria, análise, projeto e dimensionamento de sistemas digitais, tanto em hardware como em software, aplicados nas áreas científica e tecnológica. O principal enfoque é o de dotar o profissional de um conjunto de informações e conhecimentos que lhe permitam trabalhar de forma consistente em quaisquer das atividades da área.

O Engenheiro Eletricista/Eletrônico com Estudos Especiais em Sistemas Digitais deve ser um profissional com formação plena em Engenharia Elétrica com uma vasta cultura científica e tecnológica, especializado em técnicas de computação para projetar, especificar, implementar, adaptar, industrializar, instalar e manter sistemas computacionais, bem como realizar a integração dos recursos físicos, lógicos e de programação necessários para o atendimento das necessidades computacionais e de automação em geral. O profissional poderá atuar em qualquer área de informática, seja em empresas de produção de computadores, seja em empresas ou indústrias usuárias de informática.

Durante o curso o aluno estuda hardware, software, computação gráfica, inteligência artificial, redes neurais, redes de computadores avaliando a viabilidade técnica e de custos de projetos de sistemas digitais, detalhando-os e fazendo o acompanhamento de todas as etapas de produção. Desenvolve também projetos de automação industrial, elaborando e utilizando novas técnicas de programação, modelagem e simulação de sistemas, que garantam o emprego eficiente dos recursos computacionais. A ele cabe analisar a aplicação a que se destina o sistema computacional em estudo (hardware e/ou software), escolhendo as configurações, estruturas e funções mais adequadas para a aplicação em questão. Na área de hardware, compete-lhe projetar sistemas digitais, tanto no nível puramente lógico, sem preocupação com a tecnologia a ser utilizada, como no nível de implementação utilizando circuitos integrados disponíveis no mercado. Na área de software sua atividade é desenvolver aplicações que realizem interfaces com sistemas de automação e de computação em geral, bem como avaliar as interações homem-máquina determinando a especificação quantitativa dos requisitos de aplicação a que se destinam.

 

Engenharia Biomédica

O certificado em Engenharia Biomédica possibilita ao aluno de Engenharia Elétrica adquirir conhecimento em instrumentação eletrônica, controle, aquisição, processamento e análise de sinais e modelagem de sistemas fisiológicos visando diagnóstico, prognóstico, prevenção e terapia das mais diversas patologias: diagnósticos de câncer de mama (imagens médicas), diagnóstico de câncer de laringe (processamento de sinais e fonoaudiologia), restauração de movimentos e sensações em deficientes físicos (engenharia de reabilitação), órgãos artificiais, etc. A informação em sistemas animados caracteriza a área e é essencial na formação do engenheiro do século XXI. A contribuição à sociedade do engenheiro com tal formação é enorme tanto em pesquisa e desenvolvimento na universidade, quanto em hospitais e indústrias de equipamentos médicos.