Agrotóxico utilizado contra fungos também pode matar abelhas

Agrotóxico utilizado contra fungos também pode matar abelhas

Sistema desenvolvido na USP analisou o comportamento de 200 abelhas contaminadas com o cerconil; em 10 dias, mais de 60% dos insetos haviam morrido

Abelhas também podem ser vítimas de fungicida. Foto: Pixabay

Um estudo realizado por pesquisadores da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, em parceria com cientistas da Universidade Federal de Viçosa (UFV), revelou que o cerconil, agrotóxico utilizado no Brasil para matar fungos, também pode ser letal para abelhas. O trabalho mostrou ainda que, mesmo aquelas que resistem inicialmente aos efeitos do produto químico, passam a se comportar como se estivessem mais velhas, indicando que não viverão por muito tempo.

Os resultados foram obtidos a partir do programa de computador desenvolvido por Jordão Natal durante seu mestrado na USP. O sistema analisou, durante 10 dias, o comportamento de 200 abelhas contaminadas com o fungicida, o qual é muito comum no combate a pragas de meloeiro e melancia. Elas foram colocadas junto a outras 800 abelhas saudáveis dentro de uma caixa cercada por vidros transparentes, onde câmeras registravam seus movimentos. Para diferenciar as abelhas saudáveis das contaminadas, uma marca com tinta foi feita nas costas das que ingeriram o agrotóxico. “Até o décimo dia, 65% das abelhas contaminadas haviam morrido. Já as que resistiram, tiveram seu comportamento alterado, aparentando estarem idosas, já que faziam atividades incompatíveis com a idade, como tarefas de limpeza e a procura por alimentos”, relata Natal, que teve sua pesquisa financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Vale ressaltar que as abelhas vivem, em média, 44 dias, ou seja, elas estariam morrendo antes de completarem um quarto de suas vidas.

Abelhas contaminadas foram monitoradas durante 10 dias por software desenvolvido na EESC. Na imagem à direita, pequenos pontos mostram como as polinizadoras são enxergadas pelo computador. Foto: Jordão Natal/Divulgação (Clique para ampliar)

Algo que ajudou o sistema a interpretar essa grande quantidade de dados ao final do período analisado foi a localização das abelhas contaminadas dentro da caixa. A posição das polinizadoras tende a revelar em que fase da vida elas estão, pois, conforme elas envelhecem, se aproximam das extremidades. “O software foi capaz de monitorar as ações de cada uma das abelhas, o que é uma tarefa é muito difícil, por serem animais de tamanho semelhante, que estão quase sempre em movimento e se cruzando rapidamente”, explica Carlos Maciel, professor do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da EESC e orientador da pesquisa. Apesar do desafio, o programa, que levou cerca de 10 meses para ser desenvolvido e captura até 30 fotos por segundo, apresentou um índice de 99% de precisão.

Contaminadas com doses não letais de cerconil no apiário da UFV, as abelhas utilizadas no estudo são da espécie Apis mellífera, a mais comum do mundo. “O que mais nos chocou foi descobrir que um fungicida até então inofensivo para abelhas se mostrou mais tóxico que o imidaclopride, inseticida considerado o grande vilão dos cultivos agrícolas. Os dados são preocupantes”, afirma Eugênio de Oliveira, professor de entomologia da UFV. Apesar de ainda não haver um entendimento sobre o motivo de o fungicida ter levado as abelhas à morte, o docente suspeita que o produto pode estar anulando os efeitos de enzimas responsáveis pela desintoxicação desses insetos.

Figura ilustra trajetória percorrida pelas abelhas dentro da caixa. Foto: Jordão Natal/Divulgação

No trabalho, os pesquisadores também analisaram o comportamento de abelhas que ingeriram o imidaclopride. Derivado da nicotina, o produto normalmente é aplicado em pomares, plantações de arroz, algodão e batata e, embora seja proibido em diversos países, seu uso ainda é permitido no Brasil. O software da USP mostrou que aproximadamente 52% das abelhas contaminadas com o agroquímico estavam mortas no décimo dia.

“A extinção das abelhas é uma preocupação global, pois se trata de um problema que não afeta apenas o meio ambiente, mas também a economia. Elas participam de boa parte da polinização de nossos alimentos, alguns deles, inclusive, polinizados exclusivamente por elas”, alerta Maciel, que também é pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Sistemas Autônomos Cooperativos (InSAC), sediado no SEL. Segundo o estudo realizado pela Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES), em parceria com a Rede Brasileira de Interações Planta-Polinizador (Rebipp), o valor do trabalho prestado pelos animais polinizadores à agricultura brasileira gira em torno de R$ 43 bilhões por ano. O levantamento considerou 67 cultivos, sendo que a soja, primeira colocada, responde por 60% do valor estimado, seguida pelo café (12%), laranja (5%) e maçã (4%).

Carlos Maciel (à esquerda) e Jordão Natal desenvolveram um sistema inédito para monitorar o comportamento de animais que atuam de forma coletiva. Foto: Henrique Fontes/SEL

Com a nova tecnologia criada na EESC, a qual já está pronta para ser utilizada no mercado, a missão de compreender o comportamento de animais que atuam de forma coletiva se tornou mais simples, pois toda interação entre esses organismos e o meio ambiente poderá ser “ensinada” para o computador em forma de algoritmos. “O que o sistema fez em semanas, nós levaríamos alguns anos para mensurar”, comemora Eugênio. Combinando técnicas de inteligência artificial e big data, o software desenvolvido conseguiu analisar dezenas de horas de vídeo, totalizando 700Gb de material. A partir de agora, os pesquisadores pretendem estudar o comportamento de abelhas contaminadas com outros tipos de agrotóxicos, a fim de ampliar o entendimento a respeito dos efeitos desses produtos químicos.

Texto: Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação do SEL/USP

 

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Rede de acolhimento de alunos e ensino invertido são temas de eventos no SEL

Rede de acolhimento de alunos e ensino invertido são temas de eventos no SEL

No dia 5 de setembro, próxima quinta-feira, a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP receberá o professor da Escola Politécnica (Poli) da USP, Antônio Carlos Seabra, que ministrará palestras em dois eventos: um sobre a Rede de Acolhimento de Alunos criada na Poli e outro sobre como criar materiais para Aprendizagem Invertida. Os encontros estão sendo organizados pelo professor Jose Marcos Alves do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL).

As atividades terão início às 9 horas com a palestra e debate Rede de Acolhimento na Poli-USP, que apresentará as ações desenvolvidas pelo professor Seabra na Poli. Esse encontro visa fomentar a troca de informações com pessoas de todas as unidades do campus da USP em São Carlos que estejam envolvidas em ações de acolhimento e assistência social, sejam alunos, professores ou servidores técnicos e administrativos.

Durante a tarde, a partir das 14 horas, haverá uma segunda atividade que tem como público-alvo os professores: o workshop Desenvolvendo Material para Aprendizagem Invertida. Esse evento busca proporcionar a familiarização prévia com bases conceituais e com tipos de vídeo-aulas, além de apresentar formas de integrar vídeos ao e-Disciplinas/Moodle USP. O objetivo é auxiliar docentes que pretendam usar as técnicas de Aprendizagem Invertida em suas disciplinas.

As atividades também recebem apoio da Prefeitura do Campus USP de São Carlos (PUSP-SC) e do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP. Os eventos ocorrerão no Anfiteatro localizado no 3º andar do Prédio de Laboratório de Ensino do do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da EESC, que fica na área 1 do campus da USP em São Carlos, situada na Av. Trabalhador são-carlense, 400.

Sobre o palestrante: Engenheiro, mestre e doutor pela Escola Politécnica, na área de Engenharia Elétrica, Seabra é professor da Poli há mais de 25 anos, exercendo o cargo de Professor Titular no Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos. Atualmente também atua como Vice-Presidente da Comissão de Graduação da Escola.

Ministra disciplinas de graduação e pós-graduação, tendo sido chefe do Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos de 2014 a 2017. Também foi coordenador do Ciclo Básico de Graduação da Escola Politécnica nos anos de 2012 a 2013 e é consultor ad-hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo para projetos de Pesquisa Inovativa na Pequena e Média Empresa (PIPE) e do CNPq.

Texto: Assessoria de Comunicação da EESC

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Professor Jose Marcos Alves – SEL/USP
Telefone: (16) 3373-9344
E-mail: jma@sc.usp.br

Curso aborda normas internacionais para produção de óculos de sol

Curso aborda normas internacionais para produção de óculos de sol

Foto: Pixabay

O Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP recebe, até o dia 2 de setembro, as inscrições para um curso gratuito que abordará os parâmetros regionais e mundiais utilizados para a produção de óculos de sol. A iniciativa faz parte da programação de um workshop que pretende debater sobre os perigos que a radiação não ionizante (baixa frequência) pode oferecer aos olhos humanos.

O curso oferece 70 vagas e será realizado entre os dias 3 e 6 de setembro, no Anfiteatro Armando Toshio Natsume do SEL. O responsável por ministrar a atividade será David Sliney, doutor em biofísica e física médica pelo Instituto de Oftalmologia da University College London, do Reino Unido. O especialista, que trabalhou por 42 anos no exército dos Estados Unidos, é mestre em física e saúde radiológica pelo Virginia Polytechnic Institute. Atualmente, é docente no Departamento de Saúde e Engenharia Ambiental da Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, dos EUA.

Coordenado pela professora Liliane Ventura do SEL, o Workshop é voltado a alunos de graduação, pós-graduação e profissionais do setor óptico e de áreas afins. Aqueles que obtiverem pelo menos 75% de frequência no curso, receberão um certificado expedido pela USP. Para participar, basta preencher o formulário disponível na Secretaria do SEL, que fica na Avenida Trabalhador São-carlense, 400, no Parque Arnold Schimidt. Também é possível se inscrever pela internet através do site do evento, onde você encontra informações sobre os horários das aulas, conteúdo das disciplinas, bibliografia e a programação completa. A atividade será ministrada totalmente em inglês.

Texto: Assessoria de Comunicação do SEL/USP

 

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Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação
Telefone: (16) 3373-8276
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Pesquisa do SEL conquista Prêmio Tese Destaque USP

Pesquisa do SEL conquista Prêmio Tese Destaque USP

Lucas (à esquerda) e Marcelo receberam Prêmio Tese Destaque USP. Foto: Henrique Fontes/SEL

A tese de doutorado Redução da dose de radiação em tomossíntese mamária através de processamento de imagens”, defendida no Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, recebeu o Prêmio Tese Destaque USP de 2019, na categoria Engenharias.

O trabalho é de autoria de Lucas Rodrigues Borges e foi orientado pelo professor Marcelo Andrade da Costa Vieira, por meio do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da EESC. No estudo, os pesquisadores criaram uma técnica capaz de restaurar imagens de mamografia 3D obtidas com até 30% a menos de radiação, mantendo a qualidade do exame. O autor do trabalho receberá um prêmio no valor de R$ 10 mil, enquanto o orientador, R$ 5 mil.

A pesquisa desenvolvida no SEL já havia sido reconhecida em dois grandes eventos científicos da área de Engenharia Elétrica. O primeiro foi The 13th International Workshop on Breast Imaging, realizado em 2016, na Suécia, onde o trabalho foi considerado um dos cinco melhores da conferência. Já em 2017, um artigo apresentado por Lucas ficou com o prêmio de segundo lugar na SPIE Medical Imaging, realizada nos Estados Unidos. Em 2018, o trabalho de doutorado ainda recebeu menção honrosa no Prêmio Capes de Tese, promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.

O Prêmio Tese Destaque USP tem como objetivo estimular atividades de pesquisa dos alunos e professores da pós-graduação da USP, de forma a estimular a constante busca pela excelência na pesquisa. Os critérios da premiação consideraram a originalidade do trabalho, a relevância para o desenvolvimento científico, tecnológico, cultural, social e de inovação, além do valor agregado ao sistema educacional.

 

Texto: Assessoria de Comunicação do SEL/USP

 

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Assessoria de Comunicação do SEL/USP
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Curso de alemão da USP se prepara para nova edição

Curso de alemão da USP se prepara para nova edição

Montagem: Marília Ruberti – Adaptado de Pixabay

O Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP promoverá mais uma edição de seu curso gratuito de alemão. A atividade, que é aberta ao público em geral, conta com 160 vagas e as inscrições podem ser feitas de 1 a 4 de agosto, diretamente pelo Sistema Apolo da Universidade.

Dividido em dois módulos, o curso será ministrado por alunos de intercâmbio e voluntários que já tiveram experiências com o alemão. Em “Introdução à Língua e Cultura Alemã I, os participantes aprenderão temas básicos como alfabeto, pronúncia, números, pequenos diálogos, formas de se apresentar, entre outros. Já no segundo módulo, nomeado “Introdução à Língua e Cultura Alemã II, os interessados terão conteúdos sobre corpo, saúde, vestuário, profissões, tempo, férias e outros assuntos mais complexos. Para participar do segundo módulo, é necessário ter concluído o primeiro ou ter sido aprovado em avaliação de nivelamento.

Programado para ser realizado de agosto a dezembro de 2019, o curso terá 14 aulas e incluirá provas. Aqueles que forem aprovados nas avaliações com média mínima de seis e obtiverem pelo menos 75% de frequência, receberão um certificado de conclusão expedido pela USP. As aulas do primeiro módulo acontecerão às terças-feiras, das 19 às 22 horas; já as atividades do segundo, ocorrerão às quintas-feiras, no mesmo horário. As aulas serão ministradas no Anfiteatro Armando Toshio Natsume do SEL.

Promovido desde 2016, o curso tem o objetivo de despertar no público o interesse pela cultura e o idioma da Alemanha, oferecendo conhecimento básico para que os participantes aprofundem seus estudos em escolas especializadas no futuro. Além disso, o projeto busca fomentar iniciativas de trabalho voluntário, nas quais os alunos compartilham o conhecimento adquirido em suas experiências acadêmicas na Universidade.

Texto: Assessoria de Comunicação do SEL/USP

 

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Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da EESC
Período de inscrições: De 1 a 4 de agosto
E-mail: departamento.eletrica@eesc.usp.br
Telefone: (16) 3373-8276

Aprenda japonês em curso gratuito da USP

Aprenda japonês em curso gratuito da USP

O Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP oferecerá um curso inédito e gratuito de japonês. A atividade, que é voltada a pessoas sem experiência com a língua asiática, conta com 30 vagas disponíveis. Os selecionados serão escolhidos por ordem de inscrição, mas terão prioridade aqueles que comprovarem necessidade de aprender o idioma. As inscrições devem ser feitas de 29 de julho a 2 de agosto através do Sistema Apolo da USP.

No curso, que é aberto a alunos da USP, os participantes aprenderão temas como alfabeto, partículas de conexão de frases e conjugação verbal, costumes, saudações e cumprimentos, além de aspectos culturais que envolvem comportamentos próprios da cultura japonesa, como retirar os sapatos para entrar em casa, pontualidade e reciclagem. Ao todo, serão 12 aulas e uma prova. Os participantes que forem aprovados nas avaliações com média mínima de seis (6) e obtiverem pelo menos 75% de frequência, receberão um certificado de conclusão expedido pela USP.

Programada para ser realizada de 9 de agosto a 20 de novembro, a iniciativa contará com aulas às sextas-feiras, das 13h30 às 16h50 horas, na sala de seminários do SEL. Todo o conteúdo da atividade será elaborado e ministrado por jovens voluntários que possuem experiência com o japonês.

Com o intuito de despertar no público o interesse pela cultura e o idioma do Japão, o curso oferece uma base sólida da língua falada no país e prepara os participantes para possíveis interações acadêmicas internacionais. Além disso, o projeto busca fomentar iniciativas de trabalho voluntário, nas quais os alunos compartilham o conhecimento adquirido em suas vidas.

Texto: Assessoria de Comunicação do SEL/USP

 

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Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da EESC
E-mail: departamento.eletrica@eesc.usp.br
Telefone: (16) 3373-8276

Participe de curso sobre projetos e instalação de painéis solares

Participe de curso sobre projetos e instalação de painéis solares

O Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP receberá, entre os dias 22 de julho e 16 de agosto, as inscrições para a 4ª edição do Curso Solar Fotovoltaico, iniciativa que ensina profissionais a desenvolverem projetos de painéis solares no computador e a instalar esses sistemas em diferentes ambientes. Os interessados devem se inscrever diretamente pelo site da atividade.

O curso é dividido em dois módulos. O primeiro deles é o “Introdução a Sistemas Fotovoltaicos, Dimensionamento e Instalação”, que ocorrerá nos dias 23 e 24 de agosto. Os participantes irão aprender sobre o dimensionamento básico do sistema fotovoltaico; a leitura de mapas solarimétricos, que mostram a incidência de radiação em diferentes países; os procedimentos de instalação dos painéis fotovoltaicos; a ligação do sistema no quadro de força; os passos para a configuração na central de monitoramento e até mesmo as etapas para solicitar conexão à concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica. Podem participar engenheiros, arquitetos, estudantes, técnicos, empreendedores e qualquer pessoa interessada em investir no ramo. O valor da inscrição é de R$ 500,00 à vista. Também pode ser paga em duas vezes de R$ 300,00 ou em três vezes de R$ 200,00.

Voltado a profissionais específicos do ramo de engenharia elétrica, o segundo módulo é o “Dimensionamento Avançado de Sistemas Fotovoltaicos Usando PVsyst”que ocorrerá no dia 25 de agostoNele, os interessados aprenderão a projetar sistemas fotovoltaicos em 3D com a utilização do software PVsyst (versão demo), que pode ser baixado neste link. No programa de computador, os participantes irão trabalhar sombreamento, projeção em telhados, lajes, estacionamentos, além de estudarem a viabilidade financeira do sistema proposto. Para participar desse módulo, o valor da inscrição é de R$ R$ 400,00 à vista, mas também pode ser paga em duas vezes de R$ 250,00 ou então em três vezes de R$ 166,70. É preciso que o aluno traga seu notebook com o software instalado, de preferência, a última versão.

Cada curso conta com 100 vagas disponíveis. As aulas serão ministradas no Anfiteatro Armando Toshio Natsume do SEL pelo professor Elmer Cari, do Departamento, pelo mestrando em engenharia elétrica da EESC Francisco Lemes, bem como por monitores de graduação e pós-graduação. Os participantes poderão acompanhar na prática os conteúdos ministrados, isso porque o professor Elmer coordenou o projeto que levou à instalação do primeiro sistema fotovoltaico da USP em São Carlos, localizado na cobertura de um dos prédios do SEL e que será utilizado como demonstrativo aos alunos. O sistema projetado pelo docente faz parte de sua pesquisa relacionada à estimação de parâmetros e previsão de potência em usinas fotovoltaicas.

Simultaneamente, o especialista também coordena a instalação da garagem solar fotovoltaica no estacionamento do Departamento, além do estudo “Projeto de Instalação e viabilidade econômica de sistemas fotovoltaicos nas áreas I e II da USP em São Carlos”. A pesquisa trata de localizar os melhores pontos para a instalação de sistemas fotovoltaicos, dimensioná-los utilizando o software PVsyst, obter um orçamento completo do projeto e realizar um estudo de retorno do investimento considerando, inclusive, a manutenção.

 

Texto: Assessoria de Comunicação do SEL/USP

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Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL)
Telefones: (16) 3373-8275 ou (16) 3373-9337
Whatsapp: (16) 9 8244-6316
E-mail: cursosolar@eesc.usp.br
Site do curso: www.sel.eesc.usp.br/cursosolar/

Alunos da rede pública ganham bolsas de estudo para aprender matemática na USP

Alunos da rede pública ganham bolsas de estudo para aprender matemática na USP

Alunos de escolas públicas recebem aulas de matemática na USP, em São Carlos

Quem nunca teve um sonho profissional? Aquele emprego pelo qual você faria de tudo para conseguir, enfrentando cada obstáculo. É natural que esse tipo de anseio comece a florescer na adolescência, período em que nossas mentes passam a vislumbrar o que será do futuro. No Centro de Inclusão Social (CIS) da USP em São Carlos, 11 jovens alunos de escolas públicas da cidade têm um motivo a mais para confiar que seus objetivos serão alcançados. Eles recebem bolsas de pré-iniciação científica como incentivo para que tenham aulas de matemática na Universidade.

Com o intuito de facilitar o entendimento da disciplina, as aulas proporcionam aos estudantes um aprendizado interativo, com o auxílio de robôs. São drones, carrinhos, braços robóticos, bolinhas programáveis e diversos itens que ajudam a transmitir conteúdo por meio de uma metodologia muito mais atraente. “Nós já utilizamos os robôs para ensinar conceitos de função, ângulos, velocidade, gráficos e até gravidade”, conta Walter Bezerra Neto, monitor da turma e aluno do curso de Engenharia Elétrica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC).

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Com o auxílio de robôs, jovens aprendem de forma interativa 

Oferecidas pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Sistemas Autônomos Cooperativos (InSAC), sediado na EESC, as bolsas de estudo são um instrumento de estímulo aos jovens para que eles fortaleçam seu conhecimento e se preparem para os desafios que se aproximam. “Utilizar a tecnologia para se aprofundar em tópicos matemáticos pode ser muito importante para que eles, por exemplo, se saiam bem no vestibular. Além disso, essa experiência contribui para que os adolescentes vislumbrem as carreiras que desejam seguir”, explica Marco Henrique Terra, coordenador do InSAC e professor do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da EESC.

Bolinha programável ilustra tópicos da matemática

Após alguns meses de atividades, o feedback obtido dos alunos tem sido extremamente positivo, segundo Walter. O monitor, que decidiu participar do projeto pelo interesse na área de ensino, revela que os jovens chegam até mesmo a pedir lista de exercícios para fazer em casa: “Isso mostra que realmente querem aprender”, afirma o futuro engenheiro, que se sente privilegiado em fazer parte da iniciativa: “É muito gratificante quando um aluno interage com o robô e diz que entendeu a matéria. Sem dúvida, é uma recompensa enorme saber que eles levarão na bagagem pelo menos uma parte do conhecimento que foi passado”.

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Braços robóticos ensinam conceitos de ângulos aos estudantes 

Escolhidos pela Diretoria Regional de Ensino de São Carlos para integrar o projeto, os 11 alunos que participam da iniciativa têm entre 14 e 16 anos e assistem às aulas todas as quartas-feiras, no período da tarde. Confira, abaixo, os depoimentos de Abel Correia, Daniel Henrique Lourenço e Lauanny Cristina Silva, todos participantes da atividade no Centro de Inclusão Social da USP.

 

Texto: Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação do InSAC
Fotos: Douglas Reginaldo
Vídeo: Henrique Fontes e Douglas Reginaldo

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Assessoria de Comunicação do InSAC
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EESC oferece bolsa de pós-doutorado em Engenharia Elétrica

INSCRIÇÕES ENCERRADAS 

EESC oferece bolsa de pós-doutorado em Engenharia Elétrica

A Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP está com inscrições abertas para o processo seletivo que irá conceder uma bolsa de pós-doutorado em seu Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica. As inscrições, que são gratuitas, podem ser realizadas até o dia 27 de junho por candidatos do Brasil e do exterior. São quatro linhas de pesquisa disponíveis: Processamento de Sinais e Instrumentação; Sistemas Dinâmicos; Sistemas Elétricos de Potência e Telecomunicações.

A bolsa oferecida faz parte do Programa Nacional de Pós-doutorado (PNPD) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e tem valor mensal de R$ 4.100,00. Sua vigência terá início em julho de 2019, com duração de um ano, podendo ser prorrogada por solicitação do candidato, se aprovado relatório de atividades. Para obter todos os detalhes sobre prazos, processo de inscrição e documentos necessários, acesse o edital completo. É necessário preencher uma ficha online para concorrer. Os candidatos serão avaliados por meio dos seguintes critérios: Curriculum Vitae, com ênfase para artigos publicados nos últimos cinco anos, projeto de pesquisa e cartas de referência.

Qualidade reconhecida: – O Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da EESC-USP foi criado em 1975 com o Mestrado, estendendo-se ao Doutorado em 1997. Reconhecido com nota máxima (7) pela Capes nas últimas avaliações realizadas pela instituição, o Programa formou ao longo de sua trajetória aproximadamente 700 mestres e mais de 250 doutores, com centenas de trabalhos publicados em veículos de alto impacto científico.

Embora oferecido para engenheiros eletricistas, eletrônicos e de computação, o Programa acomoda alunos com diferentes formações, incluindo matemáticos, físicos, bacharéis em computação e de outras áreas da engenharia. Todo o conjunto de atividades do Programa é planejado para promover a formação dos estudantes sob o ponto de vista teórico-científico e tecnológico, preparando-os tanto para a carreira acadêmica e pesquisa quanto para atuar nos setores industriais e de serviços.

Mais Informações
Secretaria de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da EESC
Avenida Trabalhador São-carlense, 400 – Parque Arnold Schimidt
CEP: 13.566-590 – São Carlos – SP
Telefone: (16) 3373-9371
E-mail: posee@sc.usp.br

Tecnologia mais fina que um fio de cabelo gera hologramas com mais qualidade

Tecnologia mais fina que um fio de cabelo gera hologramas com mais qualidade

Criada na USP em São Carlos, nanoestrutura feita de silício cristalino projeta imagens mais definidas, tridimensionais e sem “fantasmas”

Pequeno quadrado circulado na primeira imagem corresponde a uma das metassuperfícies fabricadas, a qual é composta por inúmeros nano postes de silício, como pode ser observado na figura do meio. A última coluna exibe peças de xadrez reconstruídas com a nova tecnologia. Foto: Augusto Martins

Você sabe qual o tamanho de um nanômetro? Não? Então considere o diâmetro de um fio de cabelo como referência. Acha que agora está próximo? Calma, ainda precisamos diminuir um pouco mais. Que tal então tomarmos como base uma célula humana? Sinto informar, mas ainda não é o suficiente. Está bem, chega de mistério! Um nanômetro é o equivalente a um bilionésimo de metro, ou se preferir, o mesmo que um milímetro dividido por um milhão. Realmente minúsculo, não é mesmo? Apesar de serem microscópicas, estruturas em escala nanométrica estão presentes em nossa rotina dispostas a nos oferecer uma série de aplicações. A próxima delas, inclusive, pode ser a tecnologia desenvolvida por pesquisadores da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP capaz de gerar hologramas com mais qualidade. Produzidas à base de silício em sua forma cristalina, novas nanoestruturas transmitem com maior intensidade o laser que incide em sua superfície, resultando em imagens mais definidas, tridimensionais e sem os chamados “fantasmas”.

Metassuperfície formada por centenas de nanoestruturas em formato cilíndrico. Foto: Augusto Martins

Inédita no mundo, a aplicação foi criada pelo Grupo de Metamateriais, Microondas e Óptica (GMETA) do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da EESC. Na pesquisa, os cientistas projetaram alguns conjuntos de nanoestruturas, chamados de metassuperfícies, a fim de controlar as propriedades da luz. “Uma tendência marcante no mercado tecnológico é a miniaturização dos dispositivos para torná-los cada vez mais compactos, mas sem comprometer seu desempenho. Basta ver a evolução dos celulares, notebooks e televisores ao longo dos anos, que estão ficando cada vez mais finos e eficientes em suas funções”, explica Augusto Martins, doutorando da EESC e um dos autores do trabalho. Segundo ele, a versatilidade e a fácil integração a outras tecnologias são algumas das principais vantagens de miniaturizar dispositivos.

Pelo fato de absorver menos luz em comparação a outros materiais utilizados em holografia, como o silício policristalino e o silício amorfo, o silício cristalino, escolhido pelos pesquisadores para a produção das metassuperfícies, possibilita a transmissão da luz do laser de forma mais intensa. “Tais estruturas devem ser energeticamente eficientes, ou seja, a maior parte da luz que incide sobre elas deve ser convertida de forma útil nas aplicações para as quais foram desenvolvidas”, reitera Augusto, que testou sua tecnologia projetando peças de xadrez holográficas.

Holograma obtido durante o trabalho na USP. Por absorver menos a luz, silício cristalino transmite laser com mais intensidade. Foto: Augusto Martins

Dois em um – Uma das metassuperfícies produzidas pelos pesquisadores trouxe outro diferencial ao trabalho: a possibilidade de observar hologramas em três dimensões. Para que isso fosse possível, foram projetadas nanoestruturas capazes de codificar dois hologramas simultaneamente, nas quais Augusto aplicou a técnica de estereoscopia, responsável por proporcionar a sensação de profundidade em vídeos e imagens, obtida a partir do uso de óculos especiais. “Essa projeção, chamada de estereograma, pode ser vista a partir da sobreposição de duas fotos de uma mesma cena, gravadas com câmeras adjacentes”, afirma o doutorando, que projetou figuras de pequenos aviões para validar o método.

Segundo o professor Ben-Hur Viana Borges, docente do SEL e um dos orientadores da pesquisa, as metassuperfícies são objeto recente de estudo dos pesquisadores de todo o mundo e prometem revolucionar o cenário tecnológico tanto em aplicações ópticas quanto de micro-ondas. Ele explica que a tecnologia pode ser utilizada em diversas áreas, como entretenimento, produção de lentes e até mesmo em segurança de informação. “Do ponto de vista tecnológico, nosso trabalho resultou em avanços significativos que tornam a integração dessa tecnologia no mercado cada vez mais próxima”, completa o professor.

Estereograma permite observação de imagens em três dimensões. Efeito acontece quando há a sobreposição de duas fotos de uma mesma cena capturadas com câmeras adjacentes. Foto: Augusto Martins

Intitulado Broadband c-Si metasurfaces with polarization control at visible wavelengths: applications to 3D stereoscopic holography, o trabalho foi destaque em publicação da Optical Society of America (OSA), importante entidade científica norte-americana que divulga pesquisas da área de óptica e fotônica. Além de Ben-Hur, o estudo foi orientado pelo professor Emiliano R. Martins do SEL e ainda contou com a colaboração dos pesquisadores Juntao Li, Achiles da Mota, Vinicius Pepino, Yin Wang, Luiz G. Neto e Fernando Teixeira. A pesquisa foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

Texto: Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação do SEL/USP

 

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