Mês: julho 2020
Aluno da EESC é selecionado para programa global de jovens líderes
Aluno da EESC é selecionado para programa global de jovens líderes
O estudante Matheus Jacobsen, do curso de Engenharia Elétrica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, está entre os 10 brasileiros selecionados para participar do Cargill Global Scholars Program (CGSP), iniciativa internacional que capacita jovens com potencial de liderança no futuro. Por meio de seminários, orientações individuais, estudos de caso, eventos de networking e outras ações, o Programa visa desenvolver habilidades de pensamento crítico nos participantes, além de formar uma rede global de estudiosos e ajudá-los a ser a próxima geração de inovadores do mundo.
O jovem que está no terceiro ano de graduação na EESC conta que se interessou em participar do Programa principalmente pela oportunidade de receber mentorias e trocar experiências com grandes líderes mundiais: “Neste momento da nossa vida surgem mil e uma possibilidades, então as orientações que iremos receber servirão para nos auxiliar a fazer a escolha certa. Eu digo que nós somos a média das cinco pessoas com quem a gente mais convive, por isso que ter a chance de estreitar relações com profissionais que admiramos, que um dia queremos nos tornar, sem dúvida abre caminho para o sucesso”, conta o aluno.
Embora tenha apenas 21 anos, o estudante já possui diversas experiências com liderança. Ele foi membro da diretoria da Secretaria Acadêmica da Engenharia Elétrica (SA-SEL) da EESC e presidente e diretor de relações externas da Semana de Integração da Engenharia Elétrica (SIEEL), organizada em parceria por alunos da USP e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Atualmente é curador de apresentações culturais da TEDx USP São Carlos; representante discente do Centro Avançado EESC para Apoio à Inovação (EESCin), onde teve a oportunidade de organizar a SancaThon 2020; e recentemente foi convidado para ser um dos responsáveis pela expansão no Brasil da Josh Talks, plataforma de mídia indiana voltada para atividades de impacto social.
Cargill Global Scholars Program (CGSP) – Oferecido pela empresa Cargill, em parceria com o Instituto de Educação Internacional (IIE), o CGSP seleciona 10 estudantes de cada país habilitado a concorrer no Programa. São seis no total: Brasil, China, Índia, Rússia, Indonésia e Estados Unidos.
Para participar, os candidatos devem possuir bom desempenho acadêmico, estudar em áreas de interesse da Cargill e enviar cartas de apresentação pessoal e recomendação. Se forem aprovados nessa etapa, os estudantes devem ainda passar por uma entrevista. Os selecionados recebem uma bolsa de estudos, tutoria mensal de carreira e participam de atividades nacionais e internacionais.
Texto: Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação do SEL/USP
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Assessoria de Comunicação do SEL/USP
E-mail: comunica.sel@usp.br
Telefone: (16) 9 9727-2257
Curso online sobre projetos e instalação de painéis solares
Curso online sobre projetos e instalação de painéis solares
O Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP receberá, entre os dias 3 e 28 de agosto, as inscrições para a 5ª edição do Curso Solar Fotovoltaico, iniciativa que ensina profissionais a desenvolverem projetos de painéis solares no computador e a instalar esses sistemas em diferentes ambientes. Nesta edição, o curso será realizado 100% online por meio de transmissões ao vivo. Os interessados podem se inscrever diretamente pelo site do curso.
O curso é dividido em dois módulos. O primeiro deles é o “Introdução a Sistemas Fotovoltaicos, Dimensionamento e Instalação”, que ocorrerá nos dias 11 e 12 de setembro. Os participantes irão aprender sobre o dimensionamento básico do sistema fotovoltaico; a leitura de mapas solarimétricos, que mostram a incidência de radiação em diferentes países; os procedimentos de instalação dos painéis fotovoltaicos; a ligação do sistema no quadro de força; os passos para a configuração na central de monitoramento e até mesmo as etapas para solicitar conexão à concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica. Podem participar engenheiros, arquitetos, estudantes, técnicos, empreendedores e qualquer pessoa interessada em investir no ramo. O valor da inscrição é de R$ 500,00 à vista. Também pode ser paga em duas vezes de R$ 300,00 ou em três vezes de R$ 200,00.
Voltado a profissionais específicos do ramo de engenharia elétrica, o segundo módulo é o “Dimensionamento Avançado de Sistemas Fotovoltaicos Usando PVsyst”, que ocorrerá no dia 12 de setembro. Nele, os interessados aprenderão a projetar sistemas fotovoltaicos em 3D com a utilização do software PVsyst (versão demo), que pode ser baixado neste link. No programa de computador, os participantes irão trabalhar sombreamento, projeção em telhados, lajes, estacionamentos, além de estudarem a viabilidade financeira do sistema proposto. Para participar desse módulo, o valor da inscrição é de R$ R$ 400,00 à vista, mas também pode ser paga em duas vezes de R$ 250,00 ou então em três vezes de R$ 166,70. É preciso que o aluno traga seu notebook com o software instalado, de preferência, a última versão. Uma semana após a realização do segundo módulo, haverá uma monitoria individual de 30 minutos para tirar dúvidas.
Cada curso conta com 100 vagas disponíveis. As aulas serão ministradas online no Anfiteatro Armando Toshio Natsume do SEL pelo professor Elmer Cari, do Departamento, pelo especialista Willy Zulke da EESC, bem como por monitores de graduação e pós-graduação. A programação dos cursos pode ser acessada no seguinte link.
Texto: Assessoria de Comunicação do SEL/USP
Com informações do professor Elmer Cari
Mais informações
Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL)
Celular: (16) 9 9363-4575 (ativo durante o período da pandemia)
E-mail: cursosolar@eesc.usp.br
Site do curso: www.sel.eesc.usp.br/cursosolar/
Controlar equipe de robôs poderá ficar mais seguro e barato
Controlar equipe de robôs poderá ficar mais seguro e barato
Plana, minúscula e ultrafina: cientistas da USP criam lente “impossível”
Plana, minúscula e ultrafina: cientistas da USP criam lente “impossível”
Mil vezes mais fina que um fio de cabelo, tecnologia inédita poderá ser aplicada em câmeras de celular para torná-las mais baratas
Pesquisadores da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP desenvolveram uma película feita de silício que é mil vezes mais fina que um fio de cabelo e poderá funcionar como uma lente fotográfica, semelhante às de câmeras de smartphone. A tecnologia inédita permite que o usuário veja imagens em até 180 graus, mesmo ângulo proporcionado pelas famosas lentes olho-de-peixe. No meio científico, essa funcionalidade até então era considerada impossível de ser obtida em lentes totalmente planas, como a que foi construída pela EESC. Os resultados do trabalho geraram um artigo que foi publicado na ACS Photonics, revista científica norte-americana da área de Fotônica.
A nova lente pesa aproximadamente dois microgramas, possui cerca de 230 nanômetros de espessura e tem uma área de 3,14 milímetros quadrados. Segundo os cientistas, a expectativa é de que o material ajude a enfrentar um dos principais desafios no desenvolvimento de dispositivos óticos: fabricar lentes cada vez mais poderosas, porém com tamanhos cada vez menores. “O maior benefício da nossa lente é que ela é muito fina, então promete ser mais barata de ser produzida se comparada às convencionais, que são grandes e esféricas. Como se trata de uma superfície plana, é mais fácil colocá-la em um circuito integrado, o que simplifica a parte mecânica do dispositivo”, explica Augusto Martins, autor do estudo e doutorando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da EESC.
Além do pequeno tamanho, outra vantagem da película de silício é que ela poderá atuar sozinha dentro do celular, sem a necessidade de incorporar lentes complementares para obter imagens em alta resolução, como acontece nas câmeras comuns. Isso contribuirá para diminuir ainda mais o porte dos sistemas óticos e, consequentemente, dos dispositivos móveis. “Essa é a primeira lente do mundo formada por uma única camada capaz de gerar imagens que cubram todo o campo de visão”, afirma Emiliano R. Martins, um dos orientadores da pesquisa e professor do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da EESC.
Durante a pesquisa, que foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Augusto construiu um protótipo de uma câmera com a ajuda de uma impressora 3D para testar a sua lente. Os resultados foram animadores. Imagens em alta resolução foram obtidas na cor verde, que por enquanto é a única na qual a película consegue operar. A ideia, segundo o pesquisador, é que nos próximos meses a lente seja aprimorada para que todas as cores possam ser visualizadas.
Para chegarem até a composição da nova lente, os cientistas adotaram como ponto de partida as próprias lentes tradicionais e trabalharam com um parâmetro chamado índice de refração, que mede o quanto a velocidade da luz diminui ao incidir sobre uma superfície – quanto maior for esse índice, menor é a velocidade de propagação da luz pelo material. Em simulações realizadas no computador, eles perceberam que, conforme ampliavam o índice de refração de uma lente esférica convencional e simultaneamente a deixavam mais plana, mais o campo de visão dela se abria e a qualidade da imagem melhorava. Em certo momento, quando ela ficou 100% plana, era preciso que seu índice de refração fosse infinito, o que, na prática, faria com que a luz não se propagasse por ela, algo impossível de acontecer. No entanto, como a película de silício desenvolvida pelos pesquisadores possui princípios físicos diferentes das lentes comuns, ela foi capaz de imitar o comportamento ótico da lente esférica com índice infinito, ou seja, passou a atuar como uma lente impossível.
De onde vem a tecnologia? – A lente desenvolvida pela USP é um tipo de metalente, que está inserida no conceito de metassuperfície – conjunto de nanoestruturas que conseguem controlar as propriedades da luz. Descoberta a poucos anos, essa tecnologia pode ser aplicada em uma série de segmentos além da produção de lentes, como em segurança da informação, na fabricação de componentes de informática e no entretenimento. No ano passado, por exemplo, Augusto participou do desenvolvimento de uma metassuperfície capaz de gerar hologramas em três dimensões e com mais qualidade.
Ao contrário das lentes comuns, que precisam de uma espessura maior para gerar imagens com nitidez, as metalentes utilizam nanopostes microscópicos inseridos em sua superfície plana capazes de “prender” e focar a luz do ambiente, fazendo com que as imagens sejam projetadas. É como se elas fossem rodovias construídas para não deixar os carros (as luzes) saírem dela. Em 2016, pesquisadores da Universidade Harvard, dos Estados Unidos, desenvolveram a primeira metalente do mundo capaz de tirar fotos, mas ela tinha uma limitação: seu campo de visão era de apenas 0,5 graus, ângulo que permite enxergar apenas o que está a sua frente.
Agora, além de expandirem a operação da metalente para outras cores, os cientistas da EESC esperam nas próximas etapas do estudo aumentarem a eficiência da película, melhorarem ainda mais sua resolução e aplicá-la em sistemas óticos mais complexos. Por enquanto, ainda não há previsão de quando a tecnologia deve chegar ao mercado. A pesquisa também teve a orientação do professor Ben-Hur Viana Borges, do SEL, e contou com a colaboração de pesquisadores da Universidade de York, do Reino Unido, e da Universidade Sun Yat-sen, da China.
Texto: Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação do SEL/USP
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