Startup de São Carlos está na final de torneio em Harvard e no MIT

Startup de São Carlos está na final de torneio em Harvard e no MIT

Criada por alunos da USP, Helidrop propõe uso de VANT autônomo para reduzir desperdícios na pulverização agrícola

Aplicar defensivos agrícolas de forma mais uniforme é um dos objetivos da Helidrop. Foto: Bruno Bagarini

A Helidrop, startup do ramo de pulverização agrícola desenvolvida por alunos da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, é uma das finalistas da HackBrazil, competição que premia ideias brasileiras inovadoras em disputa realizada na Universidade Harvard e no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), ambos dos EUA. A equipe vencedora levará para casa R$ 75 mil para investir no crescimento da empresa.

Durante o evento, que acontecerá em abril, os jovens terão apenas três minutos para apresentar a proposta de negócio da empresa a uma banca formada por executivos. “Estamos muito ansiosos, pois na fase anterior conseguimos vencer startups mais conhecidas e consolidadas do que a nossa, que já possuem produtos no mercado”, conta Bruno Bagarini, um dos idealizadores do projeto e aluno do curso de Engenharia Elétrica (Ênfase em Eletrônica) da EESC. Os estudantes da USP conseguiram superar outras 39 startups na etapa semifinal da competição.

Pulverização inteligente – A ideia da Helidrop é oferecer um Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) autônomo para pulverização agrícola, a fim de melhorar o combate às pragas. Com alta capacidade de carga, a solução proporcionará mais uniformidade na aplicação de defensivos em terrenos, reduzindo o desperdício.  Além de Bruno, integram a Startup Guilherme Donatti, aluno do curso de Engenharia Elétrica (Ênfase em Sistemas de Energia e Automação) e Victor Turcato, graduando do curso de Engenharia Mecatrônica.

Ainda em fase de testes e prototipagem, a Helidrop foi uma das participantes do Academic Working Capital (AWC), programa de empreendedorismo do Instituto TIM voltado a alunos de graduação que possuem trabalhos de conclusão de curso inovadores. Os universitários receberam acompanhamento profissional, orientação de negócios e recursos financeiros para aplicação no projeto.

HackBrazil – A competição é uma das atrações da Brazil Conference at Harvard & MIT, que ocorrerá entre os dias 5 e 7 de abril, em Boston, nos EUA. A conferência é realizada pela comunidade brasileira de estudantes da cidade com o intuito de promover o encontro de grandes personalidades brasileiras, como políticos, famosos e empresários.

 

Texto: Assessoria de Comunicação do SEL/USP

 

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Assessoria de Comunicação do SEL/USP
Telefone: (16) 3373-8740
E-mail: comunica.sel@usp.br

Inscrições abertas para evento internacional sobre isolantes elétricos

Inscrições abertas para evento internacional sobre isolantes elétricos

Os interessados em participar da 3ª edição do International Workshop on Advanced Dielectrics and Applications (IWADA 2019) já podem se inscrever diretamente na página do evento. Neste ano, a iniciativa que discute estudos na área de dielétricos (isolantes de eletricidade) será realizada pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na Paraíba, entre os dias 24 e 26 de abril, e contará com a participação de pesquisadores de diversos países, principalmente do Brasil e da Europa. Na programação estão previstas palestras, apresentações de trabalhos científicos, minicursos, além de mesas redondas com especialistas no assunto.

Muito utilizado em pesquisas, os dielétricos podem ser encontrados nos estados sólido, líquido e gasoso. Alguns exemplos são o teflon, o óleo utilizado em transformadores e até mesmo o ar. Mas a função desses isolantes que chama mais a atenção dos pesquisadores é a de reter cargas, pois, com essa utilidade, é possível desenvolver uma série de sensores com aplicações em variados campos.

Realizado pela primeira vez na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), o IWADA teve sua 2ª edição sediada no Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP. Todo o processo de criação e estruturação do evento passou pelas mãos do professor Ruy Alberto Altafim do SEL, que hoje atua como co-organizador da iniciativa.

Texto: Assessoria de Comunicação do SEL/USP

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Site: iwada2019.rf.gd/index.html

Pós-Graduação em Engenharia Elétrica elege novo coordenador

Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da EESC elege novo coordenador

Ivan (à esquerda) e João Bosco estarão à frente da coordenação do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da EESC pelos próximos dois anos

O Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP está sob nova coordenação. Quem tomou posse no cargo de coordenador é o docente Ivan Nunes da Silva, tendo o professor João Bosco Augusto London Junior como seu suplente. O novo mandato começou dia 11 de fevereiro e terá duração de dois anos.

Silva é bacharel em Ciências da Computação pela Universidade Federal de Uberlândia, onde também se graduou em Engenharia Elétrica. O docente possui ainda mestrado e doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas. É professor do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da EESC desde 2004 e suas áreas de pesquisa incluem: automação inteligente de processos envolvendo sistemas elétricos de potência; controle inteligente de máquinas e equipamentos elétricos; projetos de arquitetura de sistemas inteligentes; identificação e otimização de sistemas.

Já o professor London Junior é graduado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Mato Grosso e possui mestrado e doutorado na mesma área pela USP. É professor do SEL desde 2002 e conta com experiência nas seguintes áreas: modelagem em tempo real de sistemas elétricos de potência; reconfiguração de redes para tratamento de problemas em sistemas de distribuição de energia elétrica e técnicas de esparsidade aplicadas à análise matricial de sistemas elétricos de potência.

Sobre o Programa: O Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da EESC foi criado em 1975 com o curso de Mestrado, estendendo-se ao Doutorado em 1997. Ao longo de sua trajetória formou aproximadamente 700 mestres e mais de 250 doutores, com centenas de trabalhos publicados em veículos de alto impacto científico. O Programa possui o nível mais elevado de conceito da CAPES, recebendo nota 7.

 

Texto: Assessoria de Comunicação do SEL/USP

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Secretaria de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica
Telefone: (16) 3373-9371
E-mail: posee@sc.usp.br

Graduandos podem obter créditos em optativas cursando disciplinas de pós-graduação

Graduandos podem obter créditos em optativas cursando disciplinas de pós-graduação

Os alunos dos cursos de Engenharia Elétrica e Engenharia de Computação, oferecidos pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, terão agora mais uma oportunidade de aprofundarem seus conhecimentos durante a graduação na área. Com o novo Programa de Formação Integrada com a Pós-graduação (PFI-pós), lançado este ano pela EESC, os graduandos podem se matricular, até o dia 22 de fevereiro, em disciplinas do Programa de Pós-graduação em Engenharia Elétrica. Essa integração permitirá que os estudantes aproveitem os créditos obtidos em disciplinas optativas de graduação e em um eventual curso de mestrado no futuro. Confira todas as instruções no link.

“A ideia é que, a cada semestre, novas disciplinas de pós-graduação sejam oferecidas aos graduandos. Esse contato com estudantes já formados é interessante, pois proporciona uma troca de conhecimentos muito rica, contribuindo para que os menos experientes alcancem seus objetivos e, inclusive, vislumbrem os melhores caminhos no universo da pesquisa”, afirma o professor José Carlos de Melo Vieira Júnior, docente do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da EESC e vice-coordenador do curso de Engenharia Elétrica da Unidade.

Podem participar da iniciativa os estudantes dos dois cursos de Engenharia Elétrica (Ênfase em Eletrônica e Sistemas de Energia e Automação) e os alunos do curso de Engenharia de Computação, que é oferecido em parceria com o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP.

Sobre o Programa – O Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da EESC foi criado em 1975 com o curso de Mestrado, estendendo-se ao Doutorado em 1997. Ao longo de sua trajetória formou aproximadamente 700 mestres e mais de 250 doutores, com centenas de trabalhos publicados em veículos de alto impacto científico. O Programa possui o nível mais elevado de conceito da CAPES, recebendo nota 7.

 

Texto: Assessoria de Comunicação do SEL/USP

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Programa de Pós-graduação em Engenharia Elétrica da EESC
Telefone: (16) 3373-9371
E-mail: posee@sc.usp.br

 

 

 

 

 

 

Engenheiro cria equipamento inovador para imprimir dispositivos eletrônicos

Engenheiro cria equipamento inovador para imprimir dispositivos eletrônicos

Aparelho vai ajudar cientistas e centros de pesquisa a desenvolver técnicas de fabricação de dispositivos de eletrônica orgânica


Sequência de imagens mostra um dispositivo de eletrônica impressa apagado (à esquerda), acendendo (meio) e aceso (à direita) ao receber corrente elétrica. Aparelho que realiza este tipo de impressão foi desenvolvido por ex-alunos da USP e agrega seis diferentes técnicas de impressão sem necessidade de troca do substrato (papel, plástico, entre outros), característica inédita no mundo – Foto: Leonardo Cagnani

A eletrônica orgânica é uma tecnologia promissora que envolve a produção de dispositivos semicondutores a partir de moléculas orgânicas à base de carbono. Atualmente, no mundo inteiro, vários grupos desenvolvem pesquisas na área. Entre as possibilidades que essa tecnologia proporciona estão as telas dobráveis e os painéis de energia solar de baixo custo. É possível, por exemplo, imprimir um dispositivo utilizando tintas semicondutoras: é a chamada eletrônica impressa. Porém, os cientistas que desenvolvem estudos nessa área enfrentam o desafio de fazer isso em escalas maiores, que vão além da laboratorial – onde, muitas vezes, é preciso trabalhar com dispositivos impressos de dois milímetros quadrados.

Uma solução inovadora veio do engenheiro Leonardo Dias Cagnani, ex-aluno do campus de São Carlos da USP, que criou um conjunto de equipamentos para auxiliar o desenvolvimento de técnicas de fabricação da eletrônica impressa. Denominado Roll-to-roll Lab, o aparelho oferece uma característica única no mundo: a possibilidade de usar seis diferentes técnicas de impressão e alternar de uma para outra sem necessidade de troca do substrato (papel, plásticos, embalagens) ou de parada do equipamento. Também foram criados dois outros produtos, que podem ser comercializados à parte: uma bomba de seringa (que controla o fluxo de tinta a ser usada na impressão) e uma glove box (caixa fechada de inox com visor de vidro, com atmosfera sem umidade e baixo nível de oxigênio).


Equipamento Roll-to-roll Lab foi desenvolvido com foco nas pesquisas laboratoriais em eletrônica impressa; porém, seu uso não se restringe a essa área de estudos – Foto: Leonardo Cagnani

Os equipamentos são direcionados para pesquisas laboratoriais em diversos ramos, como automotivo, de papéis e vernizes, entre outros, além de universidades, centros de pesquisa e empresas de certificação. Apesar de terem sido criados com foco principal na eletrônica impressa, o uso dos equipamentos não se restringe a essa área de estudos. Outro aspecto positivo, segundo Cagnani, é a transferência de tecnologia desenvolvida em laboratório para processos que possam ser expandidos para a indústria.

As seis técnicas que o equipamento oferece são: rotogravura, flexografia (ferramentas de impressão modular), slot-dieknifewire-bar e spray (ferramentas de revestimento modular). “Em nível internacional há equipamentos que oferecem só uma das técnicas. No Brasil, nenhum aparelho faz isso”, destaca o pesquisador.

Roll-to-roll Lab foi desenvolvido em alumínio, em formato modular, nas medidas 85 centímetros de largura por 50 centímetros de altura. O peso varia de 40 a 60 quilos, dependendo da configuração do aparelho. O preço também é variável: de R$ 60 mil (na versão básica) a R$ 200 mil (versão completa com as seis técnicas de impressão).


À esquerda, bomba de seringa e, à direita, glove-box em inox, dois outros produtos desenvolvidos no projeto – Foto: Leonardo Cagnani

Expectativas – “A eletrônica orgânica é uma tecnologia muito promissora. Algumas moléculas orgânicas já são usadas comercialmente em displays de alguns celulares e em televisores que usam a tecnologia OLED [organic light-emitting diode – diodo emissor de luz orgânico]”, explica o engenheiro.

Ele conta que começou a se interessar por eletrônica impressa durante o trabalho de conclusão de curso da graduação em Engenharia Elétrica, pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP. Essas pesquisas envolviam dispositivos OLED, mas em escala experimental, dentro dos laboratórios. As peças eram muito pequenas e mediam cerca de 1 milímetro por 1 milímetro.


Impressão realizada com nanoesferas de sílica em substrato PET (polietileno tereftalato) com o equipamento Roll-to-roll Lab para uso em fotônica. Este trabalho foi realizado no doutoramento da pesquisadora Giovana Rosso Cagnani, na Escola de Engenharia de São Carlos –Foto: Leonardo Cagnani

Ao estudar o assunto, o engenheiro percebeu que alguns grupos que pesquisavam eletrônica impressa adaptavam equipamentos da indústria gráfica convencional, ou seja, aquelas que imprimem jornais e revistas, para produzir esses dispositivos. Mas os equipamentos convencionais são grandes, caros e usam litros de tinta. Na eletrônica impressa, as tintas são orgânicas, e também muito caras, mas usa-se miligramas do material, inviabilizando utilizá-las em um equipamento grande. Foi a partir dessa constatação que Cagnani teve a ideia de desenvolver um equipamento para eletrônica impressa de porte laboratorial que simulasse o que uma gráfica grande faz.

O engenheiro criou um primeiro protótipo do equipamento no mestrado, realizado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, entre 2011 e 2013, sob orientação do professor Roberto Mendonça Faria, do Instituto Nacional de Eletrônica Orgânica. Depois, no doutorado, Cagnani fez uma parceria com o Tyndall National Institute, na Irlanda, e, a partir de algumas melhorias, criou um segundo protótipo. O engenheiro passou quatro meses no Tyndal, onde chegou a desenvolver alguns projetos em eletrônica impressa.

De volta ao Brasil, o pesquisador se viu decidido a projetar um equipamento que pudesse ser comercializado. Foi quando Cagnani se uniu a outros dois pesquisadores, ambos ex-alunos da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), Wellisson Roberto Rogato e Rodrigo Fernandes Vernini, e, juntos, formaram uma empresa, a DevelopNow.

O grupo encaminhou uma proposta para a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), dentro do Pipe, projeto que apoia a execução de pesquisa científica e/ou tecnológica em micros, pequenas e médias empresas do Estado de São Paulo. Eles foram selecionados e assim puderam desenvolver o conjunto de equipamentos para eletrônica impressa. Agora, eles submeteram um novo projeto para a fase 3 do Pipe, com foco na produção, comercialização e busca de parcerias. O resultado deve sair entre junho e julho.

Mais informações: e-mail leonardo@developnow.com.br, com Leonardo Dias Cagnani; site www.developnow.com.br

Texto: Valéria Dias – Jornal da USP

Trabalho da área de fotônica recebe menção honrosa no SIICUSP

Trabalho da área de fotônica recebe menção honrosa no SIICUSP

Guilherme concluiu a graduação em Engenharia Elétrica no final de 2018 na EESC. Foto: Arquivo pessoal

Guilherme de Arruda, recém-formado do curso de Engenharia Elétrica (ênfase em eletrônica) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, recebeu uma menção honrosa por sua pesquisa apresentada no 26º Simpósio Internacional de Iniciação Científica e Tecnológica da USP (SIICUSP), realizado no final de 2018, em São Paulo. O engenheiro também foi convidado para representar a USP no Spring Undergraduate Research Festival, ocorrido dia 26 de março, na Ohio State University, nos Estados Unidos.

Seu projeto, intitulado Análise da transmissividade de luz de nanoestruturas para aplicações em células solares, teve a orientação do professor Emiliano Martins, do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da EESC. O trabalho do ex-aluno integra a área de Fotônica, campo da ciência que estuda, resumidamente, a interação da luz com a matéria. Parte da pesquisa foi desenvolvida na Universidade de York, na Inglaterra.

Promovido pela Pró-Reitoria de Pesquisa da USP, o SIICUSP é um evento anual que tem como objetivo divulgar os resultados dos projetos de iniciação à pesquisa científica e tecnológica realizados por alunos de graduação da USP, bem como de outras instituições nacionais e internacionais.

Desde 2014, a iniciativa é composta de duas fases. Na primeira, cada unidade, ou grupo de unidades, organiza seu próprio evento, com trabalhos de sua área específica. Os estudantes apresentam seus projetos para uma comissão avaliadora, que indica os mais bem avaliados para a segunda fase, denominada “Etapa internacional”. Nessa fase, os estudantes selecionados têm a oportunidade de apresentar seus trabalhos novamente, em evento com participação de todas as áreas do conhecimento, na Cidade Universitária, em São Paulo. Estudantes de universidades estrangeiras também participam apresentando seus projetos, selecionados por comitês de sua instituição.

Texto: Assessoria de Comunicação do SEL/USP
Com informações de www.siicusp.prp.usp.br